Terapias com células tronco para PETs

Terapias com células-tronco (CT) vêm crescendo de maneira substancial nos últimos 20 anos.

Inúmeros estudos mostram a eficácia do tratamento como forma alternativa de reparo de danos teciduais, trazendo grandes benefícios para até mesmo nos casos neurológicos mais graves (MIOTTI et al; 2021). Nos dias de hoje, as terapias celulares com CT estão sendo utilizadas em várias áreas da medicina, como hematologia, cardiologia, cirurgia plástica e neurologia, fato que também abriu caminho para o uso veterinário. 

De uma forma geral as CTs são células indiferenciadas que estão presentes nos estágios embrionários, fetal e adultos e possuem diferentes capacidades de diferenciação dando origem a vários tipos de tecidos e órgãos (KOLIOS & MOODLEY, 2013). Essas células possuem características específicas como a habilidade de proliferar intensamente, clonagem e multipotência. As células-tronco podem ser classificadas como totipotentes, pluripotentes ou pluripotentes induzidas e multipotentes. 

Células totipotentes estão presentes nos estágios iniciais da embriogênese, na fase de até mórula que precede a gastrulação e são capazes de diferenciar-se em tecidos embrionários e não embrionários. Foram isoladas pela primeira vez em 1998 (THOMSON et al, 1998), disparando uma série de estudos sobre sua expressão gênica e suas funções durante a fase embrionária humana e animal. Os estudos usando células totipotentes esbarram em questões éticas sobre o uso de embriões humanos, o que fez os cientistas buscarem novas alternativas para células-tronco. 

As células pluripotentes estão presentes em organismos no início de seu desenvolvimento, portanto, em embriões em estágio de blastocistos e anexos embrionários como cordão umbilical (CAPLAN, 1991; LIU, 2020). As CTs desta origem, diferentemente das células totipotentes, não podem originar tecidos extraembrionários e possui a capacidade de se diferenciar em tecidos dos folhetos embrionários (LIU, 2020). 

As células-tronco multipotentes, diferentemente das demais, podem se diferenciar em alguns poucos tipos celulares, são encontradas em organismos adultos e são responsáveis pela renovação de certos órgãos e tecidos no corpo de humanos e animais. Linhagens hematopoiéticas podem se diferenciar em hemácias, células do sistema imune e plaquetas; enquanto as linhagens mesenquimais dão origem a células ósseas, cartilagens, tendões, pele e músculos, por exemplo, (LIM, 2013). 

Em cães, cavalos, gatos e na maioria dos animais domésticos, células tronco mesenquimais (CTM) podem ser isoladas a partir da medula óssea (SASAKI et al.; 2018), de tecido adiposo, do fluido sinovial, do cordão umbilical ou da gordura do cordão (BEARDEN et al, 2017). Atualmente, as mais utilizadas são linhagens derivadas de medula óssea ou tecido adiposo, sendo que a retirada do tecido adiposo se tornou muito mais atrativa pelo menor impacto invasivo do procedimento.

Para saber mais sobre células tronco, acesse o site do nosso parceiro www.petmep.com.br

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